Como estamos, hoje, neste exato momento? Água ou Vinho? Parece fácil responder?
A Água, bebida indispensável para a vida, encontra-se, em certos momentos, como Vinho. Este como bebida que dá prazer, mas adormece os sentidos e descontrola os sentimentos, descontrola de tal maneira que mata, não a sede, mas a vida.
Acordar com o pé esquerdo não é regra para tomarmos da má bebida pelo resto do dia. Tudo pode mudar. Tudo muda. O sorriso, o amor, assim como a Água, são indispensáveis para a vida e capazes de curar as mais profundas feridas.
A luta diária contra a raiva, a inveja, o egoísmo, cansa-nos a ponto de desejarmos, muitas vezes, beber do Vinho que mostra-se, de forma enganosa, bom. Mas por que não tomar da Água que nos envivece?
Assim como os prazeres terrenos, o Vinho tem gosto bom, é agradável, de sensação boa. Se traz felicidade? Longe disso.
Já a Água, incolor como é, sem cheiro ou gosto, parece sem graça a ponto de ser trocada por algo mais aprazível.
Parando para pensar, grandes coisas que mostram-se simples, sem muitos atrativos, são as responsáveis pelos mais lindos feitos. Esses, de fato, fazem-nos bem. Já as coisas chamativas, com gosto e cor, são capazes de arrastar-nos a um turbilhão de sofrimentos.
Busquemos a Água; sejamos a Água. A simpleza não gera problemas. A complexidade, pelo contrário, pode nos confundir e afastar do bem a que aspiramos.
Surpreenda-se! =)