Crescer

Ah, como é bonito! Sentir-se maior, mais sabido! Deveras, transição maravilhosa! Dói, todavia.
  
De maneira explicável, porém cruel, machuca, aflige. Nada é tão novo, pois fora observado pelos grandes de antes, os quais, agora, estão cada vez mais ao nosso lado e, ao mesmo tempo, cada vez menos. O não tão novo é, a partir de então, responsabilidade. O que era observado, torna-se, enfim, uma obrigação. Acaba-se a escola, pessoas se vão.
  
Surge, então, todo um reboliço incrível e discutivelmente alvoroçado acerca de um número que simboliza toda essa passagem, cujo foco se dá aos prazeres terrenos. Tais esses que trazem consigo -consequências, as quais, quiçá, “semi-adultos” não são capazes de arcar sozinhos.
  
Há sempre momentos de transição. Os atuais serão sempre mais sofridos que os já passados ou futuros. Tudo parece desmoronar-se na mente. Tênue estado.
  
Embora não há de ser assim.
  
Ruma-se para tempos em que mudanças já terão ocorrido. Passam, despercebidas, crises que hoje parecem insolúveis! Porque o objetivo será outro. O que hoje nos faz sofrer, amanhã há de enobrecer.



(...) "Não manches teu caminho.
        Serve sempre.
        Trabalha na extensão do bem." (...)