Tentar descobrir se somos bons ou maus, hoje em dia, é algo desafiador. Aquele que cuida dos necessitados pode ser o mesmo que chuta a própria família.
Parece não ser possível distinguir a maioria das pessoas como bons ou maus, por enquanto. Nesse momento de transição, principalmente, todos nós possuímos momentos de anjos ou demônios.
Desde que a humanidade se conhece por gente, observa-se esse comportamento. Porém, antes o mal se sobrepunha, levando, muitas vezes, à conclusão precipitada da existência de um ser humano totalmente maléfico.
Felizmente, hoje tentamos mudar essa situação para melhor, ou pelo menos deveríamos.
O grande problema é que essa tentativa de mudança leva, certamente, o indivíduo à uma oscilação em seu comportamento. Hora ele faz algo condizente com o que diz ou pensa, hora realiza o oposto. Essa situação causa incômodo nas pessoas, sendo este causado por vários motivos. Um deles é a inveja, despertada pela incapacidade de ao menos desenvolver um projeto de melhoramento interior. Toda essa contradição é confundida com hipocrisia, na maioria das vezes. Confuso?
Na verdade, considerar-se-ia hipocrisia ofensa a quem está, de uma forma ou de outra, tentando mudar, melhorar-se. O fingir não se encaixa nesse caso, pois, de fato, há uma tentativa real de alteração moral.
Às vezes, somos tomados por sentimentos que sentiríamos vergonha se os outros soubessem. Outras, tal é a felicidade que gostaríamos de transmitir a todos.
Às vezes, somos tomados por sentimentos que sentiríamos vergonha se os outros soubessem. Outras, tal é a felicidade que gostaríamos de transmitir a todos.
Vê-se que a contradição já é um grande passo para o melhoramento interior. Falta-nos pôr fim ao que ainda a todos imperfeiçoa. E nada disso pode ser feito sem que um ajude o outro, começando, é claro, pela existência de tolerância e empatia.
Supervalorizar o que é bom ou torturar-se pelo mal feito, sem propósito algum, é pura inércia. Ter ciência das nossas duas partes e não medir esforços para corrigir uma e aperfeiçoar a outra é de vital importância.
É assim o ser humano. Hora bom, hora mau... Somos contraditórios!
Até que um dia, finalmente, não mais.
Agradecimentos especiais à Amanda Aleixo por ter me dado a grande gota que faltava pra encher esse copo! Foi muito importante.
"Nem tudo é hipocrisia."