Novo ano?

            “Feliz Ano Novo! Boas Festas!”

Desejo sutilmente errôneo. Pois não é de festa que o homem vive. Não é de folia que o ser humano sustenta-se e eleva-se.
 
                Por ser novo, não significa ser súpero. Porém, como sabe-se, o sentido normal das coisas é o da regeneração, renovação. Então, por que, ao longo dos anos, as comemorações mostram-se sem seu puro sentido? Tudo é motivo de festança. Em tudo se bebe e come demais. Pobre Dionísio, que acaba resumindo costumes de gerações e gerações, sendo responsabilizado pelos excessos de seus crentes.
 
As festas que aqui conhecemos, se continuarem como agora estão, nunca permitirão termos um novo ano feliz, infelizmente. A melhor denominação para algo mais construtivo (e ainda humano), seria “celebração”.
 
Um Ano Novo feliz! Desejo justo. Contudo, sua passagem é realizada na companhia de muitas ilusões: embriagam-se os sentidos e mascaram-se os sentimentos, que deveriam ser plenos. A transformação não se faz possível sem uma catarse. É extremamente necessária.
 
Mas ainda há uma saída! Os hodiernos tempos são temíveis, misteriosos, desalentadores… Não obstante, após a longa tempestade, as nuvens negras dissolvem-se na atmosfera, permitindo que os raios de luz penetrem nos corações dos que aguardam e buscam o brilho dAquele que o Amor Maior detém.
 
A mudança não é o Novo Ano que trará. 




“Seja a mudança que deseja ver no mundo.”
Mahatma Gandhi